Venda da Petroquímica Suape divide opiniões no Plenário

Em 29/03/2017
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O valor da venda do Complexo Químico e Têxtil de Suape foi motivo de questionamentos do deputado Odacy Amorim, do PT, durante a Reunião Plenária. Na última segunda, os acionistas da Petrobras aprovaram a venda da Companhia Têxtil de Pernambuco, Citepe, e da Petroquímica Suape, no litoral sul do estado, pelo valor de um bilhão de reais para a empresa mexicana Alpek. Para Amorim, o preço ficou muito abaixo do que foi investido na construção do empreendimento. “Não é pertinente dizer que uma obra que tem três anos e meio, que custou R$ 9 bilhões, vai ser vendida por R$ 1,2 bilhão. Ninguém sabe a que interesses está servindo isso, e a gente não tem a coragem de discutir isso.”

Teresa Leitão, do PT, também questionou a venda do Complexo, afirmando que é contraditório se desfazer de um patrimônio que gera emprego e renda num momento de crise.  Já a deputada Terezinha Nunes, do PSDB, se disse a favor do negócio, e afirmou que a Petrobras já não tem condições de administrar o empreendimento. “O estado de Pernambuco precisa crescer, e se a Petroquímica do jeito que está, não está funcionando, tem que vender. A respeito do preço, deputado, a Petrobras fez muita obra superfaturada no governo do PT. Fez uma obra de um preço altíssimo, tão grande que agora, quando bota no mercado, só vale um e tanto.”

Odacy Amorim anunciou que vai solicitar um Grande Expediente Especial, na Alepe, com a presença do ministro de Minas e Energia, representantes da Petrobras e do Ministério Público para esclarecer dúvidas sobre a venda do Complexo.